CULTURA

O passado histórico e a criatividade do povo pernambucano resultaram em uma cultura popular extremamente rica e diversificada.
Dos europeus, a dança da corte; dos negros, os requebros, a religiosidade e ritmos; dos índios, o misticismo e os movimentos, fazendo assim surgir as mais variadas expressões populares.


A mais popular, sem dúvida, é o frevo. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo, que possui mais de 120 passos catalogados. A dança surgiu, assim como a capoeira, como uma forma de resistência e camuflagem. Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas, que antes faziam uso de porretes ou cabos de velhos guarda-chuvas como arma contra grupos rivais.

Antes conhecida como “marcha nortista”, o frevo pernambucano começou a se consagrar nacionalmente com a gravação de “Frevo Pernambucano”, de Luperce Miranda e Oswaldo Santiago, lançada por Francisco Alves no final da década de 30. E firmou-se na era de ouro do rádio com sucessos como Almirante (numa adaptação do clássico Vassourinhas), Mário Reis (É de Amargar, de Capiba), Carlos Galhardo (Morena da Sapucaia, O Teu Lencinho, Vamos Cair no Frevo), Linda Batista (Criado com Vó), Nelson Gonçalves (Quando é Noite de Lua), Cyro Monteiro (Linda Flor da Madrugada), Diricinho Batista (Não é Vantagem), Gilberto Alves (Não Sou Eu Que Caio Lá, Não Faltava Mais Nada, Feitiço), Carmélia Alves (É de Maroca)


E foi inspirado no frevo que, em 1950, a bordo de uma pequena fóbica e dedilhando um cepo de madeira eletrificado, que o baiano Osmar e o pernambucano Dodô criaram as bases do trio elétrico baiano e da guitarra baiana, que tornou-se sucesso para o país a partir de 1969, quando Caetano Veloso documentou o fenômeno na música Atrás do Trio Elétrico.

Desde então, em termos de carnaval, há uma rixa entre os baianos e pernambucanos. E uma preocupação dos organizadores do evento em não descaracterizar o frevo pernambucano.


Em termos de música nordestina, no entanto, há uma unanimidade em torno de Luiz Gonzaga (foto), também conhecido como o rei do baião, que tornou-se uma das figuras mais queridas e respeitadas da música popular brasileira, de geração em geração.

E viva o Nordeste brasileiro!

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